quinta-feira, 7 de março de 2013

Fragilidade Maculada



 Dolorida, amputada, quase derrotada.
Arrancaram-me do contato com os meus,
E sádicos admiram minha beleza.
Acham-me bela?
Como são superficiais...
Não são sequer capazes de perceber minha dor.
Minha natureza linda, exalando graça e harmonia,
Agora podada por suas mãos hábeis.
Hábeis o bastante para destruir, desonrar, macular...
Reclama que sou arisca? Que derramei gotas de teu precioso sangue?
O que pensaria se eu lhe ferisse em nome de meu deleite, de meu prazer?
Teu vislumbre encantado não me faz sentir menos estuprada.
Minhas lagrimas escorrem por meu rosto, e minha alma flagelada abandona meu corpo.
Minha doce fragilidade manchada pelo sofrimento que me impuseram agora mostrasse evidente em todo meu ser.
Solidão, mais um suspiro... O ultimo...
 Eu sucumbi.
E como num ciclo atroz, outras virão substituir-me.  
A dor nunca terá fim, enquanto apáticos vocês contemplam nosso sofrimento.



Por Sebastian Strauss

Um comentário:

  1. Parece que te sientes el dolor de la flor.
    Que comprende sus lamentaciones lúgubres.
    Como cantante Cazuza

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