terça-feira, 12 de março de 2013

Em Seus Devidos Lugares



Sob o solo, jazem meus desejos.
Sob o luar, minhas desesperanças.
Sob a grama, repousam meus anseios.
Sob as nuvens, minha putrefata silhueta trôpega.
Sob a pedra fria, embuçam-se minhas motivações.
Sob as estrelas, o homem que já fui degenera-se em desilusões.
Sob a vegetação, perde-se minha razão de me suster.
Sob o manto da noite, extingue-se a chama de meu fugaz viver.
Sob esta terra, descansa o que agora é ela.
Sob este céu, rasteja o que sobrou de meu deprimente ser.


 Por Sebastian Strauss

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